A partir de dezembro Pimenta Bueno (RO) passa a contar com uma nova cervejaria. Chamada simplesmente de “Obar”, ela chega ao mercado com alguns diferenciais interessantes, como o fato de servir cervejas artesanais com receitas próprias e um espaço com uma forte pegada rock’n’roll.

A ideia, segundo os empresários Márcio Barbieri, 42 anos, e Keynes Fernandes do Nascimento, 35 anos, é atender a um público crescente, com planos de ampliar a produção e chegar a outras cidades da região.

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A cervejaria Obar nasce, portanto, de duas grandes paixões dos jovens administradores, que este ano decidiram tornar efetivo um desejo que vem sendo alimentado já há bastante tempo. Dedicados a atividades como distribuição de água e tecnologia da informação, eles fazem sua estreia no fascinante mundo da cerveja artesanal com personalidade, expressa tanto nos sabores diferenciados das bebidas como no estilo do bar.

“Sou muito eclético em relação à música, curto todo tipo de rock’n’roll”, brinca Márcio, revelando que o gosto pelo som pesado vem desde criança. Algo que veio num crescente, começando com o rock brasileiro dos férteis anos 1980. “Comecei curtindo Legião Urbana quando era criança. Conheci Led Zeppelin, Ramones, The Doors e o negócio fluiu”, conta. “O rock está na veia”, acrescenta Keynes, ressaltando que o estilo estará tanto no ambiente como na trilha sonora do espaço.

Segundo Marcio, o bar da cervejaria será temático, remetendo ao rock das mais variadas formas. No melhor estilo pub, a pouca iluminação e detalhes como guitarras penduradas farão com que o visitante entre no clima da proposta. “Estimamos que sejam pessoas na faixa dos 35/40 anos para cima, que gostam de rock. Existe um grande público com esse perfil aqui na nossa região. Mas esperamos trazer também pessoas que curtem outros tipos de música para curtir uma boa música e tomar uma boa cerveja, claro”, frisa o empresário.

Keynes revela que a decoração será completada com um detalhe que é tendência nos bares de cervejaria. Ao fundo um vidro oferece ao público a possibilidade de ver as máquinas e os tanques que são utilizados para fazer a cerveja.

História:

A história toda começou, de certa forma, com uma visita que Márcio Barbieri fez à fábrica da cervejaria Eisenbahn em Blumenau (SC), em 2014. “Tomei a cerveja, gostei e pensei: ‘por que eu mesmo não posso fazer essa cerveja?’ Voltei para Rondônia, comprei os utensílios e comecei a fazer em casa em panela de 20 litros”, lembra.

As “cobaias” eram a família e os amigos, que davam opiniões e sugestões, até que o cervejeiro de primeira viagem chegou ao que considerou ideal. “Fazia só para mim, minha família e meus amigos. Então houve a necessidade de aumentar um pouco mais essa produção. Foi quando eu investi numa cozinha cervejeira maior, com tanque fermentador. Isso no ano passado”, conta Márcio.

Uma dessas “cobaias” era Keynes. Ele lembra que em várias oportunidades a ideia de abrir um boteco esteve presente. “Tem uns cinco anos para mais que falamos sobre isso. A conversa foi amadurecendo e o Márcio começou a fazer cerveja artesanal nesse meio de campo. Bebíamos, mas não pensamos sobre o boteco ser de cerveja artesanal. Até que este ano ele fez a proposta. Falou que a ideia era fazer com uma cerveja própria e já me mostrou o projeto da cozinha que tinha em mente”, recorda.

O espaço para a instalação da cervejaria e do bar até parece que já estava esperando. Fica no prédio que é do pai de Keynes, que havia se mudado dali há algum tempo. A posição era estratégica, na Avenida Carlos Donege, no bairro BNH, que praticamente une três grandes núcleos comerciais de Pimenta Bueno: o Centro, a região da Rodoviária e a própria avenida, que é bastante movimentada. Foram praticamente seis meses entre a reforma e a preparação do espaço, que no dia 5 de dezembro será aberto ao público em geral.

Mercado:

A cervejaria ainda não foi aberta oficialmente, mas a cerveja Obar já está sendo comercializada em alguns pontos de Rondônia. O chope da marca pode ser encontrado em empórios dos shoppings de Cacoal e Vilhena. E as garrafas de 500 ml saem rapidamente assim que envasadas, comemora Márcio. O empresário inclusive tem planos de firmar parcerias para ampliar a distribuição do produto.

Mas esta seria uma outra etapa, salienta ele. A ideia é priorizar o atendimento ao consumidor final no bar, comercializando o excedente de produção. “Não adianta querer ganhar o mercado de uma vez e não ter produto para entregar. Estamos com os pés bem no chão mesmo para poder divulgar a marca na cervejaria Obar. O cliente não vai pegar no mercado sem antes experimentar. Se ele gostar, vai procurar. Vamos primeiro fazer o nome e depois disponibilizar em maior quantidade”, informa o empresário.

“O primeiro ponto é abrir o bar para sentir o mercado. Após essa fase, depois de entender a dinâmica do mercado e a aceitação, a intenção é abrir uma indústria. Hoje nossa capacidade limite de produção é de 2,4 mil litros por mês. Com a indústria a capacidade vai para 60 mil a 100 mil litros por mês. O bar é para a gente se divertir, ter um local bacana para curtir rock e tomar uma cerveja artesanal. Para além disso a brincadeira fica bem mais séria”, acrescenta Keynes, revelando que após esse upgrade existe a possibilidade de abrir franquias.

Fonte: rul.com.br

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