O Presidente da Associação Empresarial e Câmara de Dirigentes Lojistas de Pimenta Bueno (ACIPB e CDL) Evaldo Donizete Bruno realizou recentemente uma visita a Piscigranja Boa Esperança, empresa do Sr. Megumi Yokoyama, popular Pedrinho, especializada em engorda e reprodução de Tambaquis e Pirarucus.
Evaldo ficou encantado tanto com a grandeza dos trabalhos desenvolvidos na Piscigranja, tanto com a capacidade produtiva do pescado de corte, que chega a grande marca de 800 toneladas por ano, quanto com a capacidade produtiva de alevinos, que são centenas de milhares anualmente. “A Psigranja do Pedrinho é uma grande potencialidade de nossa cidade que muitas pessoas infelizmente ainda não tiveram o privilégio de conhecer, ou não chegaram a ter a correta ideia da importância dela para nossa cidade, Estado, Brasil, e até para o mundo!” disse o presidente, que ainda continuou: “A Boa Esperança é a maior produtora de Pirarucu em cativeiro do planeta, essa gigante espécie típica amazônica de sabor inigualável, e que se não fosse o trabalho de pessoas visionárias como nosso amigo Pedrinho, estaria em grande risco de extinção”.
Vale ainda ressaltar que a Piscigranja Boa Esperança é pioneira na produção de peixes nativos em Rondônia, há 38 anos no ramo, contribuindo significativamente para desenvolver a atividade, com a produção de alevinos de Tambaqui e Pirarucu de alta qualidade, tudo isso, preservando valores de ética, qualidade e responsabilidade ambiental.
O presidente admirou também toda a tecnologia empregada nos trabalhos, com “chipamento” de peixes e análises genéticas, tudo para garantir a melhor qualidade possível, de seus alevinos e peixes para abate. “É maravilhoso o trabalho feito nesta empresa, tudo com muito profissionalismo e carinho.” Disse Evaldo, que ainda finalizou: “O melhor de tudo é isso ser em nossa amada Pimenta Bueno, gerando emprego e renda para nosso povo; por isso, enquanto entidade e população, temos que valorizar e apoiar iniciativas como esta”.
Saiba um pouco mais sobre a história da Piscigranja Boa Esperança:
Em 1982, percebendo a diminuição de peixes em nossos rios, Megumi Yokoyama preocupou-se com o crescimento da extinção de espécies nativa e abraçou a causa, na luta pela preservação. Foram feitos projetos e encaminhados a diversas autoridades, das quais surgiram algumas parcerias. Más, para isso, precisou ouvir muitas críticas, como “japonês louco, criar peixe no cativeiro na Amazônia”. Porém, Pedrinho nunca desistiu, sempre acreditando em projetos que se planta hoje para colher no futuro, pensando em melhorias com perspectivas de muitos anos. Projetos esses que depois de 30 anos começam a dar resultados.
Nos primeiros três anos foram importados alevinos de Aracaju e Sergipe. Para que o sonho se tornasse realidade, em 1986 foi procurado como parceiro o SEBRAE que estava se instalando em Pimenta Bueno, solicitando-lhe para fazer a 1º desova induzida, onde foram prontamente atendidos com os melhores técnicos em reprodução em cativeiro.
Em 1992, assistindo à depredação do pirarucu na região, veio logo a prontidão em ajudar para não deixar a espécie entrar em extinção. Dia 20 de Maio de 1992 adquiriu os 5 primeiros pirarucus para formação de matrizes. Em 27 de Dezembro foi buscar mais 870 filhotes de pirarucus na boca do Acre, para formar plantel, mas por não ter conhecimento e nem a quem recorrer, morreram muitos peixes, com isso, para não ficar sem, decidiu passar sem custo nenhum os que sobraram para quem tivessem tanques e pudesse criar, visando a preservação.
Graças a estes trabalhos, na região já há muitos pirarucus em várias represas e açudes, que estão desovando para um futuro promissor e devido a parceria com o SEBRAE todas as matrizes de tambaquis e pirarucus estão chipadas para o melhoramento genético. Com isso, atualmente o Estado de Rondônia é o maior produtor de tambaqui do Brasil e o maior produtor de alevinos de pirarucus com rastreabilidade do mundo.
Podemos com muito orgulho afirmar a pimentense Piscigranja Boa Esperança ajudou a todo nosso Estado a crescer, sempre com o mesmo legado “Vim para integrar e não para entregar, de extinção para exportação”.
